terça-feira, 28 de setembro de 2010

Contos Fantásticos de Keryn - à venda!

Hello there!

Desculpem o atraso monstruoso!
Estamos muito ocupados nessas últimas semanas, tanto eu, quanto minha revisora Heidi Trindade.
Mas aqui estou, depois de dormir quase 12 horas, para trazer algo novo para vocês!
Como eu havia dito no post anterior, meu livro já estava no forno, e há algumas semanas ele finalmente ficou pronto! E é exatamente por isso que eu estou tão ocupado.
Estava fazendo propaganda dele em todos os canais online que eu conheço. Menos aqui hehe, mas isso muda a partir de agora.

"Contos Fantásticos de Keryn" é um livro-introdução, com nove micro-histórias, cada uma num reino diferente com personagens diferentes, para que os leitores possam entender melhor o que é o mundo de Keryn.
Bom, eu não vou ficar explicando muito coisa por aqui, se não ler o livro não vai ter a mesma graça, o que eu posso adiantar é que a leitura está muito gostosa, com várias cenas de ação, tensão, romance, todas numa sequencia bem rápida, tornando o livro praticamente impossível de ser entediante. Tudo bem, eu sou suspeito para falar dessas coisas né? Mas então, o livro está a venda no site da editora Agbook (basta clicar aqui) e vocês mesmos comprovem minha tese!

Satisfação garantida, ou seu dinheiro de volta! E como eu sou muito bonzinho, vou postar um trecho de um dos contos... Espero que fiquem curiosos hehe.

Conto 5 - Vampiros piratas e o Anão inventor

(...)Quando oito dos doze Vampiros atacaram os Anões, a ansiedade deu lugar ao êxtase. Poucas situações no mundo são prazerosas quanto o calor da batalha. Sentir o baque das armas investindo contra os escudos; esgueirar-se rumo ao chão escapando de um golpe fatal, sentindo o vento produzido pelo movimento da espada; debulhar os ossos do inimigo com uma pancada bem dada, vendo o sangue escorrer por entre os espinhos da maça. É inebriante.



Nos primeiros instantes da peleja, os Anões estavam no lucro. Mesmo os Sanguessugas sendo incrivelmente rápidos e fortes, a disciplina dos pequenos desbancava estas vantagens. Um protegia o outro com seu escudo, e atacavam a cada pequena pausa das investidas dos oponentes. Dradhin era o único que não tinha um escudo amigo para si. Ao invés disso aparava as espadadas com a própria arma, ou rolava para os lados sobre as costas, saindo do alcance das lâminas. Sem contar que os cinco patrulheiros também invocaram a Místika para que suas resistências se equiparassem às do inimigo. Parecia ter funcionado.


Porque Darther só assistia. Até aquele momento.


O capitão voltou a gargalhar daquele jeito macabro, enquanto girava Crescente de Prata ameaçadoramente por entre os braços e as mãos. O uivo da lâmina ao vento, em conjunto com a risada do Vampiro, fez os Anões hesitarem por um segundo. Todos se viraram para ver aquela cena, que era um espetáculo lúgubre.


Darther parecia estar cercado por espessas camadas de um tecido prateado, que contrastava de forma triste e maravilhosa com o branco da pele do pirata. Simplesmente lindo, e duas vezes mais perigoso. Na verdade, os Seafangs eram diferentes, esteticamente, dos outros piratas Humanos ou de outra raça. Pois, mesmo com as roupas rasgadas, desbotadas pela maresia, o cheiro de peixe e de sal impregnado na carne, a morte em vida trazia consigo um charme único, arrebatador, que é a mais poderosa arma dos Vampiros.


E a foice encantada do capitão ajudava a acentuar seu fascínio sobre os outros, pois ela mesma tinha um porte superior, o mesmo tipo de aura que os heróis emanam naturalmente. Era como se Crescente de Prata tivesse vontade própria e dançasse uma valsa mortal com Darther. O que os Anões não sabiam é que ela realmente era especial. Uma arma encantada tem vários diferenciais além do nome próprio. Forjada com algum material especial, ou por um ferreiro com habilidades Mágikas excepcionais, ou até mesmo as duas coisas de uma vez, essa classe de armamento pode ser o fator vencedor tanto num duelo de rua quanto numa guerra. Um herói que possua uma dessas tem condições até de enfrentar um Deus Menor.


Darther e Crescente de Prata foram valsar com os Anões, que mesmo em menor número e com armas normais, dançavam muito bem. Quando o casal chegou perto da patrulha, essa se dispersou, evitando tanto os novos convidados quanto aqueles que já estavam no baile desde o começo.


Um dos subordinados de Dradhin foi convidar a foice para bailar, mas seu beijo frio e prateado lacerou o escudo do cavalheiro, que teve de recuar alguns passos, desviando e aparando alguns golpes de intrometidos que o atacavam pelos flancos. Sem o escudo agora, acabou sofrendo cortes no braço e no ombro, onde a armadura não cobria.


Outro patrulheiro foi tirar Crescente para dançar, de uma maneira mais direta, usando a maça. Mas parece que nem assim ela queria abandonar seu atual parceiro. É incrível como as damas sempre preferem ficar com os caras maus do que com os mocinhos. Com um movimento esguio, rápido magnífico como uma pantera, a foice dividiu a outra arma em duas e em seguida cravou sua enorme presa no peito do Anão, sem sequer ligar para a armadura de metal e Místika que teoricamente a impediriam de chegar tão fundo. O sangue escorreu abundante, e o dançarino barbudo caiu no chão.


A batalha estava mudando de rumo de forma rápida, como um bardo que troca seu instrumento de cordas no meio da balada por um de percussão. (...)


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