terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Conto de ficção/terror e novidades!

Hello there followers!
BIG DAY! Nossa, estou muito feliz! Hoje saiu o resultado do meu vestibular, e não só passei no curso de Letras-Inglês da Universidade Federal da Grande Dourados, como passei em quinto. Parabéns para a Angelica também, que passou em primeiro. (Vai ser impossível aturar ela agora).

O dia foi quase perfeito, tirando que fiquei chateado por meus amigos que não passaram em seus respectivos cursos, mas eles são muito inteligentes e ainda vão conseguir, com certeza.

Além disso, entrei em contato com minha revisora, e criadora deste blog, e aproveitando que ela ainda está de férias, passei o material que eu estava postando aqui para dar a super revisada com o olhar crítico que só ela tem. Então, por enquanto o conto "O último passo" vai ficar pausado, e no lugar dele vou postar uma história de terror, que por sinal estou devendo para um grande amigo meu faz décadas.

Não vou postar tudo de uma vez, para não ficar um texto muito longo e tal. Então, segue a primeira parte. Espero sinceramente que gostem.

O maldito rancho Raccon

Era de manhãzinha, mas as nuvens pesadas de chuva cobriam o céu de negro como um bolor agourento cobrindo um belo bolo esquecido na geladeira. E era exatamente esse cheiro que os ventos carregavam consigo. De mau agouro.

Contudo, aquilo parecia não incomodar nenhum pouco os quatro viajantes que se apertavam num modesto carro popular que corria a mais de cem quilômetros por hora numa estrada que só oferecia campos gramados desertos e o horizonte como vista.

A chuva ainda não caia, se concentrando no firmamento para incidirem com a força de um meteoro, e a mulher que estava ao volante, a mais velha dentro do carro, mãe da menininha de doze anos sentada no banco do carona e de um dos meninos sentado atrás junto com o melhor amigo, acelerava até onde o bom senso permitia e um pouco mais. Se conseguisse chegar em um posto ou alguma cidade antes da tormenta despencar, poderiam parar e esperar a fúria de Deus passar. Ou pelo menos diminuir.

Jotapê contou uma piada obscena no banco de trás e todo mundo caiu na gargalhada, até mesmo a pequena Rafaela, que não tinha entendido nada, mas não queria parecer menos esperta.

-Por favor João, cuidado com as palavras quando a Rafa estiver por perto. – pediu Cíntia, a motorista, sem repreensão na voz, com um sorriso nos lábios que não conseguia desfazer.

-Desculpa tia. – mesmo não sendo mais crianças, para nós as mães de nossos amigos serão para sempre nossas tias. – Mas não foi uma piada tão forte assim, e acho que ela já está bem grandinha.

-É mãe, eu não sou criança mais. – concordou a menina, tentando sem muito sucesso parecer convincente.

Cíntia foi a primeira a perceber. Ficou completamente séria e branca como leite em menos de um segundo.

-Meu Deus do céu o que é aquilo?

O pavor em sua voz chamou a atenção de todos para ela, que seguiram seu olhar rumo ao horizonte. Um frio abaixo de zero subiu nas espinhas de cada um.

Um enorme furacão negro dançava entre o chão e as nuvens, fazendo toda a paisagem se distorcer como se estivesse sendo puxada para o centro daquela enorme massa de ar. O tufão era gigantesco, e se movia como se fosse feito de várias peças que nunca se encaixavam em linha reta, sempre bailando de um lado para o outro. Se não fosse tão absurdo e assustador, seria belo, pois tanto a terra quanto as nuvens se fundiam nele, circulando-o com ferocidade e sincronia. Dois trovões beliscaram o enorme corpo de vento, poeira e fúria, e uma espécie de mancha vermelha começou a se espalhar por ele, como se tivesse sido ferido.

Enquanto o borrão se espalhava, David, Jotapê e Rafaela se contraiam contra o banco do carro, numa tentativa patética e instintiva de se afastar daquela coisa, enquanto Cíntia soltava o pé do acelerador e tentava frear. Mas o carro não parava.

-Mãe! Pelo amor de Deus o que a senhora está fazendo? – gritou David desesperado. – Você está nos levando direto para aquilo.

-Eu estou tentando frear! – respondeu a mulher que não estava nem um pouco mais calma que o filho. – Parece que a corrente de ar está nos puxando.

Tentou virar o volante para o outro lado, mas nem aquilo adiantou. Rafaela começou a chorar aos soluços. Jotapê pousou a mão em seu ombro frágil, sussurrando que tudo acabaria bem, que aquilo era só um sonho ruim, que não existiam furacões no Brasil. Ele mesmo se sentiu tolo ao dizer tais palavras.

No instante seguinte mais três gritos se juntaram ao da menina. O carro começara a se inclinar para o lado, ficando apoiado apenas nas duas rodas laterais. Uma lufada de vento mais forte terminou o serviço. O pequeno automóvel começou a dar cambalhotas no asfalto como se fosse uma bola meio murcha e o mundo ficou negro quando todos desmaiaram.

É isso ae pessoal! Daqui algumas semanas vem a próxima parte, e provavelmente mais uma resenha está para sair. Então fiquem ligados, mostrem o blog para todo mundo, e não esqueçam de deixar comentários dizendo o que gostou e não gostou! É sério, os comentários são MUITO importantes. Abraços.

12 comentários:

  1. Aturar ela? por isso vc nao passou em primeiro. aheuioheaiuheaiueahiuae
    :***********

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  2. Nem entrou na faculdade e já está se achando lingüista. Eu não disse que vai ser difícil? uahauh :*

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  3. Que coisa interessante, me colocando entre os personagens.
    Ficaria indignado sendo a garota por receber apoio do amigo do irmão, ao invés do próprio irmão ou mãe.
    Cadê a mãe falando algo para acalmar as crianças? instinto materno nessas horas.
    Irmão mais velho meio zé-ruela, mas tem que esperar para ver.
    Sim, furacões não tem origens aqui, mas tufões são tropicais e podem ocorrer no brasil, então está válido, mas a descrição do movimento dele foi meio darwin, tinha que ser mais lovecraft (que se enquadra na narrativa deste tipo de estória).
    Voltando ao instinto maternal, porque a mãe saio de carro no meio da noite negra com chuva com crianças? tem que ter uma boa explicação >_>

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  4. =) Aturar ela sim!.... Vc vai ter aula de Sociolinguística e vai entender 'realmente' o que eh certo ou errado. Sem ressentimentos hein ;).

    Pomba muito massa o começo do conto, mano!

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  5. oii Daaan, meu entrevistado! haha..

    Vejo q podemos esperar coisas ainda melhores de você por aí..

    gostei do conto..

    Beijos

    Fabi*

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  6. UAL! eu nunca tinha lido algo assim vindo de você HEHE' , gostei muito Dan.
    Me avise assim que postar mais.
    bjs

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  7. Daan, taaaa bemm legal, eu nem tive medo ainda :P
    e Dei, seu elfo deishe de ser chato u.u

    Qndo postas a segunda parte, me aviisa ;D

    xoxo :*

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  8. Muito bom cara, parabéns. Esperando pela segunda parte (y)

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  9. Estou curiosa pela segunda parte. Seu conto me lembra O Mágico de Oz. Eu gostei do conto e porfavor, não mata o Deivi (pedido del, rs).

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  10. pRIMEiro eu queria dar de novo os meus parabéns pela aprovação e dizer qUE torço por você sempre e desejo tudo de bom pra essa nova jornada .
    Agora elogiar esse novo capitulo que ficou maravilhoso. Vc esta se superando a cada capitulo desse conto e isso so mostra o otimo escritor que você é.
    Continue, que sua fã aqui estara sempre querendo saber mais e mais dessa historia.
    UM GRANDE ABRAÇO QUERIDO DAN

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  11. "Se não fosse tão absurdo e assustador, seria belo"

    Pra mim, só essa frase bastaria para descrever um tufão ; P

    "Dois trovões beliscaram o enorme corpo de vento, poeira e fúria, e uma espécie de mancha vermelha começou a se espalhar por ele, COMO SE TIVESSE SIDO FERIDO"

    Gosto da maneira que vc escreve, das figuras de linguagem que emprega no texto; as aulas de português pra Lari, fez com que vc aprendesse a explorar bem isso..ahhahahahaha

    Cara, continua assim, explorando cada vez mais a lingua portuguesa nos seus contos, acho que é por ae o caminho!!!

    Abração Velhoo!!!

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