quarta-feira, 16 de março de 2011

Continuação - Maldito Rancho Raccoon

Hello there!
E ae pessoal! Passado a primeira Battle of Books, trago de volta essa semana o conto do David e do Jotapê.
Como ainda estou seguindo o modelo de pouco conteúdo por post, para não ficar cansativo, talvez falte um pouco de ação, mas vou começar a postar com mais frequência, assim não fica tão 'chato'.
Antes, gostaria de dizer que semana que vem vai ter o próximo BoB, não vou adiantar quais livros disputarão, mas fiquem de olho, vai ser bem legal. Outra coisa. Um número bem legal de seguidores apareceram com o início do BoB, mas ainda falta MUITO para chegarmos no mínimo para eu sortear um livro. Então, por favor, convidem os amigos para participar do blog também! Vamos chegar nos 50 seguidores!

Em relação ao conto, foi a primeira vez que escrevi usando palavrões. Não sou muito fã deles, mas achei que para o tema e o clima da história, seria até absurdo não usá-los.
Sem mais enrolação:

O maldito rancho Raccoon - parte 2

O primeiro sentido a voltar foi o olfato. Uma mistura peçonhenta de gasolina, grama, terra molhada, urina e comida podre invadiu os pulmões de David, fazendo os outros sentidos voltarem com mais rapidez. Em seguida veio o tato, fazendo-o se contorcer de dor devido a um mal jeito na coluna, também pudera, pois ainda estava preso ao cinto de segurança, num carro de ponta cabeça. Quando a visão voltou, assustou-se com a cena dos bancos revirados e seu corpo jogado de mau jeito embaixo deles.

Levou alguns segundos para processar o que estava acontecendo. David percebeu que estava sozinho no veículo e que os vidros estavam todos estilhaçados. Soltou-se do cinto, e com muita calma, se mexendo com cautela esperando algum espasmo de dor a cada movimento. Mas estava bem. Só a coluna doía por ter estado de ponta-cabeça.

Quando terminou de se arrastar para fora percebeu que estava no meio de uma espécie de ferro velho. Pilhas disformes de inúmeros carros lhe rodeavam, ameaçando cair a qualquer segundo. O céu estava fechado, mas a claridade da tarde atravessava as nuvens com algum esforço. Não havia nenhum sinal de furacão.

-Que bom que você levantou! Achei que estava morto.

A voz repentina o assustou um pouco, mas reconheceu o amigo antes mesmo de se virar para ele.

-Pô Jotapê, não me assusta desse jeito. – assim que avistou o amigo tomou outro susto. – O que aconteceu com você?

O rapaz estava sentado no capô do deveria ter sido um sedã, mas que agora não passava de metal retorcido e agourento, tentando fazer um torniquete com a própria camiseta para estancar um corte imenso na batata da perna direita.

-Não se preocupe. Não foi nada.

-Como que não foi nada? Eu estou enxergando seu osso daqui!

-Mas não está doendo, então não precisa se preocupar. Só me da uma ajuda para forçar esse nó aqui.

Juntos conseguiram improvisar o socorro. David quase desmaiou com o cheiro do sangue e a carne aberta escancarada.

-Como diabos isso aconteceu? – perguntou depois que engoliu a ânsia pela segunda vez.

-Aquele caquinho de vidro ali estava enfiado na minha perna quando eu acordei. – respondeu Jotapê, apontando para um objeto triangular no chão, todo manchado de vermelho. O pedaço tinha quase trinta centímetros.

-Puta que pariu! Olha o tamanho disso! Você deve ter perdido muito sangue. Deve ser por isso que não sente dor mais.

-Agora não é hora para nos preocuparmos com isso. Já não está sangrando mais, e temos outras coisas para pensar. Você viu sua mãe ou sua irmã por aí?

-Claro que não. Você me viu saindo do carro agora pouco. Eu não tinha levantado antes, saído para dar uma volta, e depois dormir de ponta cabeça de novo.

-Ta bom, não precisa ficar nervoso.

-Eu não estou. Desculpa. É que agora que mencionou, estou preocupado com elas. Onde elas poderiam estar, no meio desse monte de lataria. E outra, da onde surgiu esse ferro velho? Seria impossível não ver esse amontoado todo no meio da estrada.

-Concordo. Mas ficamos com tanto medo do furacão que poderia ter passado batido fácil! Eu mesmo estava preocupado só em não borrar minhas calças.

-Nem me fale. Que porra foi aquela?

-Puta que pariu! – berrou Jotapê, ficando em pé com muito esforço. Estava mais pálido e de olhos arregalados. – Que porra é aquilo!?

É isso ae pessoal! Semana que vem tem outra BoB e mais uma parte deste conto. Então não deixem de acompanhar, e, como sempre, deixem seus comentários!

4 comentários:

  1. Seu fela da póta, me deixou lendo e lendo até meter a cara num muro imaginário, a existência da continuação num texto curto é sacanagem.
    Por não saber a idade dos garotos não posso falar se o jotapê foi sobrehumano em ter tirado o caco de vidro ou se conseguiria arduamente, claro que meus conhecimentos são poucas nessa área de quase-amputações.
    O ferro-velho me faz pensar que tudo que foi entulho pego pelo tufão foi jogado nesse canto, mas pode ser outra coisa mermo.
    e por último, uma coisa que pode te ajudar no futuro, colocar links que unem as partes dos contos, assim facilita a quem esqueceu o que aconteceu anteriormente e tem que procurar página por página até achar a parte que precisa lembrar.

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  2. uaal, muito massa Dan ;D
    só trinta centimetros o vidro na perna do carinha OO' pode amputar já AUSHDHAUS'
    palhaçada né o final, e aê, " que porra é aquela ? " kkkkkkk'
    mas de boa, ficou muito bom, só fiqei curiosa nesse final '-' kkkkkk'
    até o próximo post pra eu saber, muito legal (y' kk
    beeijo :*:*

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  3. Tá, que porra é essa agora eu digo?! D:
    Como é que você termina o texto assim? DDD:
    Quero muito ver como tudo isso acaba e o pior, o que foi que eles viram ! POSTA LOOOGO VAAI!
    OASHAIOSHIAOHS', parabéns Dan, esta demais!
    E poxa! Coitado do Jotapê kkk'
    beijosmeliga ;)

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